Será consensual afirmar que a nossa experiência com um videojogo depende muito da expectativa que alimentámos antes de o jogarmos, ora Far Cry 3 é daqueles exemplos que surge para superar expectativas. Independentemente do que esperavam dele, o mais certo é que vos surpreenda a vários níveis. É sabido que o enquadramento da ação é uma ilha exótica algures no meio do pacífico, mas mais importante do que onde, é o como vamos parar a um local tão remoto, tão apetecível e ao mesmo tempo tão imprevisível.
A razão por que digo isto deve-se à fenomenal apresentação do jogo, que me colou à cadeira como nenhum outro shooter na primeira pessoa fazia há muitos anos. Vestimos a pele de Jason Brody, um jovem adulto no meio de umas férias de sonho com os irmãos e amigos, uma aventura radical que termina mal, levando-os a encalhar na referida ilha e sob custódia de um grupo local de piratas e traficantes com um líder insano.
Connosco na cela (que parece mais uma gaiola) está o nosso irmão mais velho, que acaba por ser fundamental para que consigamos escapar daquela situação, para uma aventura a todos os níveis memorável e que vai simultaneamente transformar Jason e fazer-nos, enquanto jogadores, questionar as nossas próprias ações. Não quero de modo nenhum falar demasiado sobre os eventos, mas o jogo faz questão de salientar primeiro a fragilidade do protagonista. Não é nenhum super soldado, é apenas um jovem normal como qualquer um de nós, que se vê numa situação assustadora, sozinho na misteriosa ilha, rodeado por loucos e criminosos.
O enredo é envolvente e muito forte emocionalmente, surreal por vezes.
"Far Cry 3 é um verdadeiro exemplo de como desenhar um mundo aberto e de tal forma credível, que torna o jogo imersivo logo à partida."
O enredo é envolvente e muito forte emocionalmente, surreal por vezes, mas consegue algo muito raro em videojogos, consegue-nos fazer sentir a transformação, muda-nos com o protagonista. De início temos logo contacto com a gente local, um grupo que supostamente é o último refúgio de sanidade da ilha e que acaba por nos assistir durante toda a aventura, em particular através da figura de Dennis Rogers. Mais tarde conhecemos Citra, uma mulher sexy e misteriosa, líder de um grupo de nativos guerreiros conhecidos como Rakyat, e irmã do tal líder insano que referi anteriormente, Vaas Montenegro.
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